CADERNO DE EXERCÍCIOS/ PORTUGUÊS/FUMARC
Articulação textual: expressões referenciais, nexos, operadores sequenciais, coerência e coesão. Significação contextual de palavras e expressões.
Ano: 2016
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – CBTU – Técnico Industrial – Área Desenhista Projetista – 2016
1.Há linguagem oral em:
A “Foi-lhe perguntado em quem se inspirava como piloto iniciante.”
B “Há mais do que uma coincidência nessa evolução.”
C “O ídolo era a genialidade pura do futebol-arte.”
D “Só talento, pois esforço é careta.”
Ano: 2012
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – PRODABEL – Analista de Gestão de Recursos Estratégicos – Área Gerenciamento da Informação e Mapeamento Urbano – 2012
TEXTO II
Tecnologia da Informação
A Tecnologia da Informação (TI) pode ser definida como o conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação que visam permitir o armazenamento, o acesso e o uso das informações. Na verdade, as aplicações para TI são tantas – estão ligadas às mais diversas áreas – que há várias definições para a expressão e nenhuma delas consegue determiná-la por completo.
Sendo a informação um patrimônio, um bem que agrega valor e dá sentido às atividades, é necessário fazer uso de recursos de TI de maneira apropriada, ou seja, é preciso utilizar ferramentas, sistemas ou outros meios que façam das informações um diferencial. Além disso, é necessário buscar soluções que tragam bons resultados, isto é, que permitam transformar as informações em algo de maior valor ainda, principalmente se isso for feito considerando o menor custo possível.
(www.infowester.com/ti.php. Escrito por Emerson Alecrim em 24/02/2011. Baseado em artigo substituído publicado em 15/08/2004. Texto adaptado).
No texto II, no primeiro parágrafo, lê-se “A Tecnologia da Informação (TI) pode ser definida como o conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos de computação que visam permitir o armazenamento, o acesso e o uso das informações”.
2.A informação sobre ( TI) pode ser considerada uma linguagem
A denotada, uma vez que se caracteriza por uma informação próxima à função da metalinguagem, ou seja, o uso do código pelo código, como uma informação dicionarizada.
B conotada, pois há muita aproximação dos usos dos clichês e estereótipos. A linguagem da conotação pode ser considerada próxima às questões mais subjetivas.
C estereotipada, porque os jargões são utilizados com uma intensidade mais aproximada à característica da linguagem técnica.
D centrada nas informações tecnológicas, por isso se pode considerá-la de difícil compreensão, uma vez que é de uso apenas dos profissionais da área.
Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/15117452. Acesso em 6 jan. 2020.
“Em contato com outras pessoas, na rua, na escola, no trabalho, observamos que nem todos falam como nós. Isso ocorre por diferentes razões: nascemos e crescemos em regiões e momentos diferentes; frequentamos a escola por menos ou mais tempo; convivemos em determinados grupos ou classes sociais. Essas diferenças no uso da língua constituem as variedades linguísticas.” (CEREJA & MAGALHÃES, 2013, p. 29)
3.A esse respeito, no último balão da charge, a fala “AÍ VARÊIA” resulta de uma variação linguística que decorre, fundamentalmente, de
A faixa etária.
B grupo social.
C regionalismo.
D sexo feminino.
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – Câmara de Carmo do Cajuru – Assessor de Comunicação – 2018
O HOMEM QUE CONHECEU O AMOR
Affonso Romano de Sant’Anna
Do alto de seus oitenta anos, me disse: “na verdade, fui muito amado.” E dizia isto com tal plenitude como quem dissesse: sempre me trouxeram flores, sempre comi ostras à beira-mar.
Não havia arrogância em sua frase, mas algo entre a humildade e a petulância sagrada. Parecia um pintor, que, olhando o quadro terminado, assina seu nome embaixo. Havia um certo fastio em suas palavras e gestos. Se retirava de um banquete satisfeito. Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar.
Se eu fosse rei ou prefeito teria mandado erguer-lhe uma estátua. Mas, do jeito que falava, ele pedia apenas que no seu túmulo eu escrevesse: “aqui jaz um homem que amou e foi muito amado”. E aquele homem me confessou que amava sem nenhuma coerção. Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo. Ele que tinha algo a me oferecer. Foi muito diferente daqueles que não confessam seus sentimentos nem mesmo debaixo de um “pau de arara”: estão ali se afogando de paixão, levando choques de amor, mas não se entregam. E no entanto, basta-lhes a ficha que está tudo lá: traficante ou guerrilheiro do amor. Uns dizem: casei várias vezes. Outros assinalam: fiz vários filhos. Outro dia li numa revista um conhecido ator dizendo: tive todas as mulheres que quis. Outros ainda, dizem: não posso viver sem fulana (ou fulano). Na Bíblia está que Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacó e Jacó gerou as doze tribos de Israel. Mas nenhum deles disse: “Na verdade, fui muito amado”.
Mas quando do alto de seus oitenta anos aquele homem desfechou sobre mim aquela frase, me senti não apenas como o homem que quer ser engenheiro como o pai. Senti-me um garoto de quatro anos, de calças curtas, se dizendo: quando eu crescer quero ser um homem de oitenta anos que diga: “amei muito, na verdade, fui muito amado.” Se não pensasse nisto não seria digno daquela frase que acabava de me ser ofertada. E eu não poderia desperdiçar uma sabedoria que levou 80 anos para se formar. É como se eu não visse o instante em que a lagarta se transformara em libélula.
Ouvindo-o, por um instante, suspeitei que a psicanálise havia fracassado; que tudo aquilo que Freud sempre disse, de que o desejo nunca é preenchido, que se o é, o é por frações de segundos, e que a vida é insatisfação e procura, tudo isto era coisa passada. Sim, porque sobre o amor há várias frases inquietantes por aí… Bilac nos dizia salomônico: “eu tenho amado tanto e não conheci o amor”. O Arnaldo Jabor disse outro dia a frase mais retumbante desde “Independência ou morte” ao afirmar: “o amor deixa muito a desejar”. Ataulfo Alves dizia: “eu era feliz e não sabia”.
Frase que se pode atualizar: eu era amado e não sabia. Porque nem todos sabem reconhecer quando são amados. Flores despencam em arco-íris sobre sua cama, um banquete real está sendo servido e, sonolento, olha noutra direção.
Sei que vocês vão me repreender, dizendo: deveria ter nos apresentado o personagem, também o queríamos conhecer, repartir tal acontecimento. E é justa a reprimenda. Porque quando alguém está amando, já nos contamina de jasmins. Temos vontade de dizer, vendo-o passar – ame por mim, já que não pode se deter para me amar a mim. Exatamente como se diz a alguém que está indo à Europa: por favor, na Itália, coma e beba por mim.
Ver uma pessoa amando é como ler um romance de amor. É como ver um filme de amor. Também se ama por contaminação na tela do instante. A estória é de outro, mas passa das páginas e telas para a gente.
Todo jardineiro é jardineiro porque não pode ser flor.
Reconhece-se a 50m um desamado, o carente. Mas reconhece-se a 100m o bem-amado. Lá vem ele: sua luz nos chega antes de suas roupas e pele.
Sim, batem nas dobras de seu ser. Pássaros pousam em seus ombros e frases. Flores estão colorindo o chão em que pisou.
O que ama é um disseminador.
Tocar nele é colher virtudes.
O bem-amado dá a impressão de inesgotável. E é o contrário de Átila: por onde passa renascem cidades.
O bem-amado é uma usina de luz. Tão necessário à comunidade, que deveria ser declarado um bem de utilidade pública.
Disponível em: https://books.google.com.br/books? id=A7NcBAAAQBAJ&pg=PT116&lpg=PT116&dq=o+homem+que+conheceu+ o+amor+cronica&source Acesso em: 06 ago. 2018.
4.As palavras estão utilizadas em sentido conotativo em:
A “Não lhe encostei a faca no peito cobrando algo.”
B “Parecia pronto para morrer, já que sempre estivera pronto para amar.”
C “Se eu fosse rei ou prefeito teria mandado erguer-lhe uma estátua.”
D “Sim, porque sobre o amor há várias frases inquietantes por aí…”
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – SEE MG – Professor de Educação Básica – Área: Língua Portuguesa – 2018
5.No título da crônica – Nossa Senhora dos Destoantes – a palavra “destoantes” se constitui como uma pungente metáfora que só NÃO pode ser relacionada
A a quem ordenou o toque plangente, em homenagem precoce ao futuro herói.
B a quem tem a presciência de ocasos do poder desencadeados por sacrifícios.
C aos que tocaram, sozinhos, uma batida fúnebre pelo martírio de Tiradentes.
D àqueles que não têm como saber que festejam a injustiça contra heróis.
E àqueles que, com perspectiva histórica, subvertem o que se espera deles.
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – COPASA – Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Agente de Saneamento – Área: Técnico Meio Ambiente
6.Há linguagem conotativa em:
A “Conto por meio dos personagens.”
B “Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira.”
C “Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas.”
D “Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.”
Ano: 2015
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – Prefeitura de Belo Horizonte – Assistente Administrativo – 2015
Chimpanzé, enfim, passa em “prova” de altruísmo Em experimento, animal escolhe opção que dá alimento a companheiro
Rafael Garcia
Uma espécie de macaco que vinha sendo acusada de egoísta por biólogos finalmente mostrou em um experimento que é capaz de querer bem ao próximo.
O chimpanzé, animal evolutivamente mais próximo dos humanos, exibiu pela primeira vez em laboratório um comportamento altruísta ao compartilhar comida.
O estudo, conduzido pelo grupo do primatólogo Frans de Waal, da Universidade Emory, em Atlanta (EUA), pode tirar uma pedra considerável do sapato dos etólogos (especialistas em comportamento animal). Macacos de parentesco mais distante com o Homo sapiens já haviam demonstrado altruísmo em testes controlados, mas justamente aquele que mais se assemelha a nós parecia ser egoísta quando avaliado de perto.
Isso vinha sendo um problema para o estudo da evolução desse comportamento, dada a crença de que a tendência “pró-social”, cooperativa, é inata e está de alguma forma entranhada no DNA da nossa espécie. Como chimpanzés têm mais de 98% de semelhança com o genoma humano, era de esperar que o altruísmo se manifestasse também neles.
O experimento envolvia a participação direta de um cientista. Ao escolher fichas de diferentes cores, os macacos determinavam se o humano deveria dar bananas ao animal que estava na gaiola vizinha. Em até dois terços das oportunidades, os animais decidiram cooperar.
“Os experimentos estavam falhando antes porque usavam aparatos muito mais complicados” explicou à Folha Victoria Horner, que conduziu o estudo.
“Eles requeriam coisas como manobrar mesas com contrapesos ligados a um sistema de cordas para liberar o acesso a uma banana. Os experimentos com macacos menores vinham usando coisas bem mais intuitivas.” Segundo ela, os primatólogos sabiam, por meio de observações na natureza, que os chimpanzés cooperam na caça e em outras atividades, mas eram incapazes de provar isso em laboratório.
Outro problema de experimentos anteriores, segundo Horner, é que os macacos eram mantidos o tempo todo perto do alimento que seria dado como recompensa.
“Eles se concentravam tanto na comida que estavam recebendo que não conseguiam prestar atenção no que acontecia com a comida do parceiro”, diz.
Para evitar isso, os pesquisadores mantinham embrulhadas em papel as fatias de banana que eram usadas no experimento até a hora da recompensa. Um aspecto interessante do comportamento dos chimpanzés no estudo foi que eles tendiam a não cooperar com vizinhos de jaula que os importunavam muito.
Quando um animal ficava cutucando o parceiro ou cuspindo água para chamar a atenção, o outro o ignorava. A mágoa que possivelmente resultava dessa pequena retaliação, porém, durava pouco. Os macacos que determinavam se seus vizinhos deveriam ganhar comida na primeira rodada trocaram de papel sem ter prejuízo.
Mesmo quando um macaco era prejudicado por outro no começo, não tentava retaliar depois, quando assumia o papel do primeiro animal.
Folha de São Paulo, 10 de agosto de 2011.
7.Há linguagem figurada em
A “Ao escolher fichas de diferentes cores, os macacos determinavam se o humano deveria dar bananas ao animal que estava na gaiola vizinha.”
B “Mesmo quando um macaco era prejudicado por outro no começo, não tentava retaliar depois, quando assumia o papel do primeiro animal.”
C “O estudo, conduzido pelo grupo do primatólogo Frans de Waal, da Universidade Emory, em Atlanta (EUA), pode tirar uma pedra considerável do sapato dos etólogos (especialistas em comportamento animal).”
D “Quando um animal ficava cutucando o parceiro ou cuspindo água para chamar a atenção, o outro o ignorava.”
Ano: 2021
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – PC MG – Investigador de Polícia – 2021
Piada
Não faltam piadas sobre hipotéticos extraterrenos e suas reações às esquisitices humanas. Tipo “o que não diria um marciano, se chegasse aqui e…” Como já se sabe que Marte é um imenso terreno baldio onde não cresce nada, o proverbial homenzinho verde teria que vir de mais longe, mas sua estranheza com a Terra não seria menor. Imagine, por exemplo, um visitante do espaço olhando um mapa do Brasil e, depois, sendo informado de que um dos principais problemas do país é a falta de terras. Nosso homenzinho teria toda razão para rolar pelo chão e dar gargalhadas por todas as bocas.
VERÍSSIMO, Luís F. Novas comédias da vida pública: a versão dos afogados. Porto Alegre: L&PM, 1997. p. 115. (Adaptado)
Analise as afirmativas sobre a coerência e a coesão textual, identificando-as com (V) ou (F) conforme sejam verdadeiras ou falsas.
( ) Coesão é articulação gramatical existente entre as palavras de um texto, de forma a garantir a conexão sequencial.
( ) Coerência é o resultado da articulação das ideias de um texto, que apontam para uma unidade de sentido.
( ) Um texto coerente não contém contradições e suas partes constituem um todo significativo.
( ) Conjunções e preposições contribuem para ligação coesiva entre elementos linguísticos: palavras, orações e períodos.
8.A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
A F, F, F, F.
B F, V, F, V.
C V, V, F, F.
D V, V, V, V.
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – CEMIG – Técnico de Projetos Civis I – 2018
Há marcas que vivem da inclusão, e outras que vivem da exclusão
Contardo Calligaris
Meu telefone, um iPhone 6, estava cada vez mais lento. Não era por nenhuma das causas apontadas nas inúmeras salas de conversa entre usuários de iPhones vagarosos.
Era mesmo o processador que estava se tornando exasperadamente lento, ao ponto em que havia um intervalo sensível de tempo entre digitar e a letra aparecer na tela.
Deixei para resolver quando chegasse a Nova York, onde, aliás, a coisa piorou: era suficiente eu tirar o celular do bolso ou deixá-lo num bolso externo (que não estivesse em contato com o calor do corpo) para que a carga da bateria baixasse, de repente, de 60% a zero.
Pensei que três anos é mesmo o tempo de vida útil para uma bateria. E lá fui à loja da Apple na Broadway.
Esperei duas horas para enfim ter acesso a alguém que me explicou que testaria minha bateria. Depois de contemplarmos os gráficos lindos e coloridos deixados no tablet pelo meu telefone, anunciou que minha bateria ainda não justificava uma troca – no tom pernóstico de um plantonista que sabe que não tem leitos disponíveis e manda você para casa com aquela dor no peito e a “certeza” de que “você não está enfartando, deve ser só digestão”.
O mesmo jovem propôs uma reinstalação do sistema operacional, – que é uma trivialidade, mas foi anunciada como se fosse um cateterismo das coronárias.
Passei a noite me recuperando, ou seja, reinstalando aplicativos. Resultado: telefone lento como antes.
Voltei para a Apple (loja da Quinta Avenida), onde descobri que, como na história do hospital sem leitos, de fato, a Apple não dispunha mais de baterias para substituir a minha: muitos usuários estavam com o mesmo problema. Por coincidência, tudo conjurava para que eu comprasse um telefone novo.
Nos EUA, a Apple está sendo processada (15 casos coletivos, em diferentes Estados) por piorar propositalmente a experiência dos usuários de iPhone sem lhes oferecer alternativas –salvo, obviamente, a de adquirir um telefone novo.
A companhia pediu desculpas públicas, mas a humildade não é o forte do treinamento Apple. Basta se lembrar que o atendimento pós-venda da companhia se chama (o ridículo não mata ninguém) “genius bar”, o balcão dos gênios.
Já pensou: você poderia ligar para seu serviço de TV a cabo porque a recepção está péssima e alguém diria: “Sim, senhor, pode marcar consulta com o balcão dos gênios”.
A maioria dos usuários não acham isso cômico e despropositado. Por que será?
Há marcas que vivem de seu poder de inclusão, do tipo “nós fabricamos o carro que todos podem dirigir”. E há marcas que vivem de seu poder de exclusão: tipo, será que você merece o que estou vendendo?
Você já entrou alguma vez numa loja cara onde os vendedores, envaidecidos pela aura do próprio produto que vendem, olham para você com desprezo, como se você não fosse um consumidor à altura da loja?
É uma estratégia básica de marketing: primeiro, espera-se que você inveje (e portanto deseje) o mundo do qual se sente excluído.
Você perguntará: de que adianta, se não poderei adquirir os produtos da marca? Em geral, nesses casos o projeto é vender os acessórios da casa. Pouquíssimos comprarão o casaco de R$ 15 mil, mas milhares comprarão um lencinho (com monograma) para se sentirem, assim, membros do clube.
A Apple mantém sua presença no mercado pela ideia de sua superioridade tecnológica – e pelo design elegante, claro.
Seriamente, alguém que usa processador de texto não deveria escolher um computador em que não dá para apagar letras da esquerda para a direita. Mas é como os carros ingleses dos anos 1950: havia a glória de viver perigosamente e dirigir sem suspensões posteriores independentes (sem capotar a cada curva).
Pouco importam as críticas. A Apple conseguiu convencer seus usuários de que eles mesmos, por serem usuários, fazem parte de uma arrojada elite tecnológica. Numa loja da Apple, todos, os usuários e os “gênios” vestem (real ou metaforicamente) a camiseta da marca.
Quer saber o que aconteceu com meu iPhone? Está ótimo. Fui ao Device Shop, em Times Square, no mesmo prédio do Hard Rock Cafe: atendimento imediato, troca de bateria em dez minutos, conversa agradável. Não havia gênios, só pessoas competentes. E custou menos de dois terços do que pagaria na Apple.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/contardocalligaris/2018/01/1949427-ha-marcas-que-vivem-da-inclusao-e-outras-que-vivem-da-exclusao.shtml Acesso em 20 mar. 2018
9.Os referentes dos termos destacados estão corretamente identificados entre parênteses, EXCETO em:
A “Deixei para resolver quando chegasse em Nova York, onde, aliás, a coisa piorou: era suficiente eu tirar o celular do bolso ou deixá-lo num bolso externo […].” (em Nova York)
B “É uma estratégia básica de marketing: primeiro, espera-se que você inveje (e portanto deseje) o mundo do qual se sente excluído.” (o mundo)
C “Há marcas que vivem de seu poder de inclusão, do tipo ‘nós fabricamos o carro que todos podem dirigir’”. (Há marcas)
D “Seriamente, alguém que usa processador de texto não deveria escolher um computador em que não dá para apagar letras da esquerda para a direita.” (um computador)
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – COPASA – Companhia de Saneamento de Minas Gerais – Agente de Saneamento – Área: Técnico Meio Ambiente
O valor da fofoca
Walcyr Carrasco
Dos aspectos negativos da fofoca, todos sabemos. Em Os miseráveis, Victor Hugo conta a história de Fantine, que se torna prostituta. Quem só viu o filme ou só assistiu ao musical não sabe muito bem como ela vai para as ruas. O livro conta: fofoca! Fantine é operária. Mas tem uma filha, sendo solteira, em época de moral rígida. Paga uma família para cuidar da menina, Cosette. Mas não sabe ler. Para enviar os pagamentos e pedir notícias, usa os trabalhos de um homem, que escreve e envia o dinheiro. As amigas desconfiam. Especulam. O homem não conta, mas uma consegue ver o endereço numa carta. E se dá ao trabalho de ir até o local onde vive Cosette. Volta com a história completa e conta às amigas. A história chega à direção da fábrica e Fantine é demitida por ser mãe solteira. Vende os dentes, os cabelos, torna-se prostituta, morre no hospital. Jean Valjean, que se esconde da polícia, era o dono da fábrica. Culpa-se pela insensibilidade, busca Cosette e a cria. Mas a questão é que a pobre Fantine teve de vender os dentes e se prostituir devido à avidez da fofoca. Hoje, em tempos menos rígidos, a intimidade de uma pessoa, confidenciada entre lágrimas, pode virar piada no próximo jantar de amigos. Ou seja: longe de mim defender a fofoca em si. Mas ela tem seu valor, psicológico e criativo.
Simples. A fofoca é uma forma de criar.
Sempre digo que as pessoas têm tanta necessidade de ficção na vida como do ar que respiram. Por isso precisam ler romances, assistir a filmes, novelas. Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a imaginação, já que a vida real é muito mais árdua do que aparece nas reportagens. Criar também faz parte da natureza humana. Alguns se contentam botando posts no Instagram, inventando uma vida que não têm, com a taça de vinho emprestada de alguém, num hotel onde não se hospedaram. Outras preferem criar sobre a vida alheia. Aquela mulher que conta à outra sobre uma terceira, colega de escritório.
– Sabe que ela está saindo com um rapaz 20 anos mais jovem? E sustenta!
Pode ser verdade. Ou ela apenas viu a moça com o sobrinho, saindo do trabalho. O resto, inventou. Nem todo mundo é escritor, mas todo mundo pode criar ficção. Eu mesmo aprendi muito com a fofoca. Morava em um prédio onde vivia uma mulher já madura. De dia, recebia um, que a sustentava, dava carro, conforto material. De noite, recebia outro, que amava. Era a fofoca do prédio.
Acontece que era feia. Garanto, feia de verdade. Os dois senhores, pavorosos. Aliás, o que ela amava, um velho bem mais feio que o outro, o rico. Eu, que tinha certo preconceito estético, aprendi que beleza não é o mais importante. Havia amor, dinheiro e paixão naquela história de pessoas maduras. A fofoca me fez entender mais da vida. Em outra época, soube que o filho da vizinha não era filho, mas neto. Filho da moça que considerava irmã, mãe solteira. Toda a vila onde morava sabia, menos o menino. Isso me fez entender mais sobre os pais, que são capazes de acolher, dar solidariedade num momento difícil. Suponho que o garoto deve ter levado um susto quando soube. Mas é outra história.
Minha mãe, quando eu era criança, tinha um bazar. Pequeno, típico de interior, em Marília. Era o centro de informações sobre a vida alheia do bairro. Todas as mulheres passavam, comentavam. Eu tentava ouvir. Mamãe me punha para fora quando a história era mais pesada. Isso me ajudou a desenvolver um certo talento. Quando fiz faculdade de jornalismo, e mais tarde trabalhei no ramo, era ótimo com as perguntas ao entrevistar. Destemido. Fiz sucesso com colunas, jornalismo comportamental. Isso me ajuda até hoje. Quando vou construir uma história, falo com pessoas, converso. Extraio segredos. Conto por meio dos personagens. Vejam que ligação bonita saber da vida alheia tem com o ato de criar.
O que é uma grande biografia, a não ser a vida de alguém? Uma fofoca autenticada, impressa e aplaudida pela crítica?
Há um porém: a fofoca, mesmo real, passa pelo crivo de quem conta. Pelo meu, pelo seu, pelo nosso olhar. É a velha história – alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer.
– Adorei, ganhei meio copo de suco refrescante.
– Odiei, imagine, me dar só meio copo? Era resto!
Quando ouvir uma fofoca, abra as orelhas. O que alguém diz sobre o outro revela mais sobre quem fala do que sobre o alvo em questão. Uma fofoca, como todo ato de criação, tira a máscara do criador.
Disponível em: https://epoca.globo.com/sociedade/walcyr- carrasco/noticia/2017/10/o-valor-da-fofoca. html. Acesso em: 08 maio 2018.
10.Em: “Isso me ajuda até hoje”, ao afirmar que isso o ajuda até hoje, o locutor se refere, EXCETO a
A ser destemido e fazer sucesso com colunas.
B ser ótimo com perguntas ao entrevistar.
C tentar escutar a conversa dos outros.
D ter feito jornalismo comportamental.
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – Prefeitura de Carneirinho – Fiscal Tributário – 2018
NÃO E NÃO
Antônio Prata
Assistindo a “Nemo” pela quinquagésima nona vez, meu filho enfia o dedo no nariz. “Não, filhote, dedo no nariz não pode”, digo – e sou tomado por um desconforto. Alguns nãos eu falo com convicção: não pode mamar às três da manhã, não pode regar o aparelho da Net, não pode comer bola de gude, por mais que elas insistam em imitar lindas uvas ou jabuticabas. Essas não são proibições vazias: se meus filhos não tivessem só dois e três anos, eu lhes explicaria direitinho as razões.
“Não pode mamar às três da manhã, porque se tiver tudo que quiser a hora que bem entender você vai crescer achando que a vida é um Club Med ‘allinclusive’ e quando o mundo começar a te negar todas as mamadeiras que inevitavelmente te negará você vai ficar deprimidíssima e desorientada e vai terminar viciada em crack, em Negresco com Nutella ou coisa pior, tipo bingo – então abraça esse coelhinho e vamos dormir bem gostoso até amanhã, tá?”
“Não pode regar o aparelho da Net, porque ele é elétrico e vai causar um curto circuito e talvez pegue fogo no prédio e embora eu entenda que você queira regar todos os objetos à sua volta com o regador da vovó Tuni pra ver se eles crescem ou florescem, melhor se restringir ao vaso de girassol. (Além do mais, te garanto por experiência própria que os botões do aparelho da Net não são do tipo que se abrem em flores).” “Não pode comer bola de gude porque, embora o Homo sapiens seja onívoro, na ampla lista que inclui alface, boi, ouriço, ovo, alga, cogumelo e gafanhoto, não se encontra o vidro.”
Com relação a enfiar o dedo no nariz, contudo… Convenhamos: eu, você, o papa Francisco e o Wesley Safadão enfiamos, só não saímos por aí, tipo, admitindo aos quatro ventos num grande jornal de circulação nacional. Para ser coerente eu deveria dizer: “Filho: dedo no nariz é uma coisa que todo mundo acha nojento nos outros, mas não em si próprio, de modo que só se faz escondido. Esse é um pacto silencioso da nossa espécie. Um segredo guardado pelos 7 bilhões de habitantes do planeta.”
O problema de tal confissão é que ela me obrigaria a dar um segundo passo. “É o que chamamos de hipocrisia. Muito do que ensinamos a vocês é isso: hipocrisia. Quando a gente fala que tem que emprestar as coisas pros outros, por exemplo. Os adultos não agem assim. Veja: 1 bilhão de adultos têm um monte de coisas e 6 bilhões de adultos não têm porcaria nenhuma, mas esse 1 bilhão não empresta as coisas pros descoisados nem a pau. Quando a gente diz que só ganha sobremesa se comer brócolis, por exemplo, é outra tremenda hipocrisia. Ontem o papai e a mamãe saíram pra jantar e racharam um cheesecake do tamanho de um jabuti depois de comerem x-salada e batata frita, bebendo cerveja. Quando a gente diz que tem que falar sempre a verdade, então, é a maior hipocrisia de todas. A gente mente a torto e a direito. Se todos falassem a verdade teríamos que admitir, por exemplo, que 1 bilhão de pessoas têm todos os brinquedos e não deixam os outros 6 bilhões brincarem, que a Gisele Bündchen põe o dedo no nariz ou que a mamãe do Nemo não está no trabalho, como sempre te digo, ela é devorada por um tubarão na primeira cena do filme, por isso toda vez nós começamos pelo minuto sete. Um mundo assim seria impraticável, não?”
“Ei, Dani. Tira esse dedo do nariz. Isso.”
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/2016/12/1840305-naoe- nao.shtml Acesso em: 14 fev. 2018
11.Em: “Essas não são proibições vazias: se meus filhos não tivessem só dois e três anos, eu lhes explicaria direitinho as razões.”, essas se refere a
A “[…] não são proibições vazias […]”.
B “não pode mamar às três da manhã, não pode regar o aparelho da Net, não pode comer bola de gude […]”.
C “se meus filhos não tivessem só dois e três anos, eu lhes explicaria direitinho as razões.”
D o 3º, 4º e 5º parágrafos.
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – CEMIG – Advogado Júnior – 2018
12.Atente para a semântica introduzida pelos conectivos (palavras ou locuções) des-tacados e assinale a afirmação INCORRETA:
A “O mundo está sem ordem e valores, como disse Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido””. Ideia de comparação.
B “… as luzes da razão poderiam colocar o homem como gerador de sua história. Mas tudo não passou de um sonho, um sonho de verão (parodiando Shakespeare).” ideia de adversidade.
C “Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.” Ideia de finalidade.
D “Harvey põe o dedo na ferida ao dizer que o projeto do Iluminismo já era, na origem, uma “patranha”, na medida em que disparava um discurso redentor para o homem com as luzes da razão, em troca da lenta e gradual perda de sua liberdade.” Ideia de proporcionalidade.
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – PC MG – Escrivão de Polícia Civil – 2018
A coesão textual é o resultado da conexão entre as várias partes do texto, de modo que este seja um veículo de interação entre o autor do texto e seu leitor.
13.INDIQUE o mecanismo de coesão gramatical mais utilizado pelo autor na estruturação do Texto 1.
A Advérbios de tempo e lugar.
B Conectivos: conjunções e preposições.
C Ordenadores.
D Pronomes relativos.
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – COPASA – Analista – Área Pedagogia – 2018
Seja feliz, tome remédios Frei Betto
21/10/2017 – 06h00
A felicidade é um produto engarrafado que se adquire no supermercado da esquina? É o que sugere o neoliberalismo, criticado pelo clássico romance de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo” (1932). A narrativa propõe construir uma sociedade saudável através da ingestão de medicamentos.
Aos deprimidos se distribui um narcótico intitulado “soma”, de modo a superarem seus sofrimentos e alcançar a felicidade pelo controle de suas emoções. Assim, a sociedade não estaria ameaçada por gente como o atirador de Las Vegas.
Huxley declarou mais tarde que a realidade havia confirmado muito de sua ficção. De fato, hoje a nossa subjetividade é controlada por medicamentos. São ingeridos comprimidos para dormir, acordar, ir ao banheiro, abrir o apetite, estimular o cérebro, fazer funcionar melhor as glândulas, reduzir o colesterol, emagrecer, adquirir vitalidade, obter energia etc. O que explica encontrar uma farmácia em cada esquina e, quase sempre, repleta de consumidores.
O neoliberalismo rechaça a nossa condição de seres pensantes e cidadãos. Seu paradigma se resume na sociedade consumista. A felicidade, adverte o sistema, consiste em comprar, comprar, comprar. Fora do mercado não há salvação. E dentro dele feliz é quem sabe empreender com sucesso, manter-se perenemente jovem, brilhar aos olhos alheios. A receita está prescrita nos livros de autoajuda que encabeçam a lista da biblioterapia.
Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.
Estão em moda a síndrome de pânico e o transtorno bipolar. Já em 1985, Freud havia diagnosticado a síndrome de pânico sob o nome de neurose de angústia. O transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva. Muitas pessoas sofrem, de fato, dessas enfermidades, e precisam ser tratadas e medicadas. Há profissionais que se sentem afetados por elas devido à cultura excessivamente competitiva e à exigência de demonstrar altíssimos rendimentos no trabalho segundo os atléticos parâmetros do mercado.
Em relação às crianças se constata o aumento do Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ora, é preciso cuidado no diagnóstico. Hiperatividade e impulsividade são características da infância, às vezes rebaixadas à categoria de transtorno neurobiológico, de desordem do cérebro. Submeta seu filho a um diagnóstico precoce.
Quando um suposto diagnóstico científico arvora-se em quantificar nosso grau de tristeza e frustração, de hiperatividade e alegria, é sinal de que não somos nós os doentes, e sim a sociedade que, submissa ao paradigma do mercado, pretende reduzir todos nós a meros objetos mecânicos, cujos funcionamentos podem ser decompostos em suas diferenças peças facilmente azeitadas por quilos de medicamentos.
(Carlos Alberto Libânio Christo, ou Frei Betto, é um frade dominicano e escritor brasileiro. Disponível em http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/seja-feliztome-rem%C3%A9dios-1.568235. Acesso em 10/04/18).
Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.
14.Sobre os itens lexicais destacados no fragmento, estão corretas as afirmativas, EXCETO:
A A conjunção “nem” liga dois itens (indústria / sistema) indicando oposição entre eles.
B A conjunção “porque” introduz uma relação de causalidade entre as partes do período de que faz a ligação.
C O conectivo “se” poderia ser substituído por “caso” e indica condicionalidade.
D O pronome “algum” transfere sua indefinitude ao substantivo que acompanha, “transtorno”.
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – COPASA – Analista de Saneamento – Área Engenharia de Telecomunicações – 2018
Texto II
A medicalização da vida
Jackson César Buonocore
Podemos compreender o conceito de medicalização, como processo que transforma de forma artificial as questões não médicas em problemas médicos. São problemas de diferentes ordens que são apresentados como doenças, transtornos e distúrbios psiquiátricos que escondem as grandes questões econômicas, políticas, sociais, culturais e emocionais – que atingem a vida das pessoas.
A sociedade brasileira vive esse processo de medicalização em todas as dimensões da vida, por uma busca desenfreada por explicações biológicas, fisiológicas e comportamentais – que possam dar conta de diversos tipos de sofrimento psíquico, entre os mais frequentes estão a ansiedade, estresse, depressão, síndrome do pânico, transtorno bipolar e fobias.
A medicalização da vida é uma prática comum, pois tornou-se corriqueiro ir a uma consulta e sair com uma receita em mãos. Nessa busca por um alívio imediato dos sintomas, cada vez mais pessoas colocam sua confiança em receitas rápidas, que possam diminuir o mal-estar sem compreender as origens desse sofrimento.
Assim difunde-se a ideia de que existe um “gene” que poderia explicar o alcoolismo, o sofrimento psíquico, a infelicidade, a falta de atenção, a tristeza, etc., que transformariam os pacientes em portadores de distúrbios de comportamento e de aprendizagem. Essas hipóteses duvidosas ainda são publicadas pela mídia como fatos comprovados, cumprindo a função social de abafar e ocultar violências físicas e psicológicas.
Além da acentuada carga medicamentosa prescrita aos adultos, uma constatação ainda mais preocupante – que é o aumento da medicalização da infância. Atualmente observa-se que crianças e adolescentes que apresentam características de personalidade que diferem dos catalogados como normais são frequentemente enquadrados em categorias nosológicas.
Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: “Que sempre haverá um medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma”.
Na mesma linha de raciocínio, o renomado jornalista americano Robert Whitaker, questiona os métodos de tratamento adotados pela psiquiatria para os casos de pacientes com doenças mentais. Whitaker escreveu dois livros analisando a evolução de pacientes com esquizofrenia em países como Índia, Nigéria e Estados Unidos, e afirma que a psiquiatria está entrando em um período de crise e conclui: “A história que nos contaram desde os anos oitenta caiu por terra, de que a esquizofrenia e a depressão são causadas por desequilíbrios químicos no cérebro”.
Não há dúvidas da importância da utilidade dessas substâncias químicas e do conforto e da qualidade vida que elas trazem aos pacientes, desde que os psicofármacos – sejam prescritos de forma criteriosa e responsável são aliados indispensáveis na luta contra o sofrimento psíquico. Portanto, é preciso contextualizar o uso abusivo que se faz de antidepressivos, antipsicóticos e ansiolíticos.
(Jackson César Buonocore Sociólogo e Psicanalista. Disponível em https://www.psicologiasdobrasil.com.br/medicalizacao-da-vida/. Acesso em 20/04/2018).
Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: “Que sempre haverá um medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma”.
Sobre o excerto, afirma-se:
- O pronome pessoal “ele” retoma o sintagma “um clone”.
- Há um termo deslocado no início do período, que, segundo prescrições da gramática normativa, deveria ser marcado por vírgula.
- A citação, marcada pelas aspas, parece mal introduzida, visto que começa por um conectivo.
- A vírgula após o nome da psicanalista Elisabeth Roudinesco é inadequada, posto que se trata do sujeito gramatical.
- A crase empregada no sintagma “à mesma gama de medicamentos” é correta, regida pelo verbo “receitar”.
15.Estão CORRETAS as afirmativas:
A 1, 2 e 4.
B 1, 3, 4 e 5.
C 2, 3 e 4.
D 3, 4 e 5.
Ano: 2016
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – Prefeitura – Professor de Educação Básica – Área: Português – 2016
16.No trecho “Chegaram a afirmar que poderíamos ser presos, se disséssemos alguma coisa que contrariasse as normas linguísticas governamentais.”, os verbos em destaque funcionam como:
A Anáforas.
B Catáforas.
C Dêiticos.
D Silepses.
Ano: 2014
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – PC MG – Investigador de Polícia – 2014
“O responsável pela morte da vítima não foi o meu cliente. Ele disparou a arma, é certo. Entretanto, o que provocou a morte foi a hemorragia causada pela perfuração do projétil”.
17.Analisando o texto acima, é correto o que se afirma, EXCETO em:
A A falta de coerência é o principal fator de textualidade que interfere nessa comunicação.
B A ausência de progressão e de continuidade compromete a produção de sentido.
C A forma de organizar o enunciado tenta subverter a lógica da compreensão.
D A situacionalidade e intencionalidade justificam o objetivo desse enunciador.
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – SEPLAG MG – Gestor Governamental – Área Gestão Pública – 2018
18.Todas as alternativas abaixo são incoerentes, EXCETO:
A O dia está tranquilo, as pessoas circulam normalmente pelas vielas do morro, mas os dois policiais continuam calmamente tomando café no bar da esquina.
B Apesar de terem a mesma estatura e a mesma compleição física, os dois atletas não apresentaram grande diferença de peso.
C Não obstante o marido e a mulher não mais se entendessem, com o passar do tempo resolveram trilhar novos caminhos, separando-se definitivamente.
D De acordo com o laudo médico, os pacientes podem prescindir do oxigênio extra e, por essa razão, o equipamento será desconectado.
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – CEMIG – Advogado Júnior – 2018
19.Destacaram-se alguns itens lexicais e lhes foram indicados sinônimos apropriados ao valor que assumem no contexto em que se inserem. A correspondência encontra-se INCORRETA na opção:
A “Agora predominam o efêmero, o individual, o subjetivo e o estético. momentâneo, transitório
B E nos ensinaram a situar o homem no centro do pensamento e a acreditar que a razão, sem dogmas e donos, construiria uma sociedade livre e justa.” normas, axiomas
C “Já não há utopias de um futuro diferente.” ilusões, quimeras
D “Somos invadidos pela incerteza, a consciência fragmentária, o sincretismo do olhar, a disseminação, a ruptura e a dispersão.” divergência, disjunção
Ano: 2016
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – Prefeitura – Assistente de Manutenção – 2016
20.O antônimo da palavra destacada NÃO está corretamente identificado entre parênteses em:
A “[…] eu vi que era muito pesado […].” (leve)
B “[…] para conseguir o produto desde o começo do mês.” (fim)
C “[…] quando eu peguei a caixa […].” (devolvi)
D “[…] que já providenciou o envio do produto correto para a consumidora.” (errado)
Ano: 2017
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
21.Em “Ele já sabia da minha auditoria e, ao sair, dizia, ‘pode consultar das páginas 456 até a 470’, numa boa.”, “ao sair” pode ser substituído por
A após sair
B depois de sair
C quando saía
D se saía
Ano: 2017
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
22.O sentido dos homônimos está CORRETAMENTE indicado nos parênteses em:
A cessão (ato de ceder) / seção (repartição)
B cerrar (cortar) / serrar (fechar)
C consertar (harmonizar) / concertar (reparar)
D cela (arreio) / sela (pequeno quarto)
Observe o verbete que segue
banco
ban·co
sm
1-Assento estreito de madeira, cimento, ferro ou plástico, com ou sem encosto, geralmente para várias pessoas.
2-Assento para uma pessoa, redondo ou quadrado, sem encosto, com três ou quatro pés; banqueta, mocho.
3-Balcão de loja.
4-Mesa de trabalho, comprida e rústica, para marceneiros, carpinteiros, serralheiros etc.; bancada.
5-ECON Instituição financeira que tem como atividades principais receber depósitos de dinheiro em conta-corrente, efetuar empréstimos, aplicar capitais, efetuar cobranças, operar no mercado cambial etc.
6-Local onde funciona essa instituição.
Fonte: https://michaelis.uol.com.br/busca?id=eWKj
23.As acepções do substantivo “BANCO” no verbete caracterizam o que é chamado precisamente de:
A Paronímia, diferentes palavras com sons semelhantes.
B Homonímia, diferentes palavras para um só sentido.
C Ambiguidade, de sentido incerto.
D Polissemia, diferentes sentidos para uma mesma palavra.
24.Assinale a alternativa que contém um conjunto completo de sinônimos.
A Veloz / hábil / ágil / paulatino / vagaroso.
B Instruído / escolado / formado / intelectualizado.
C Agradável / insosso / amável / cortês.
D Frio / gélido / torrencial / fresco.
E Árido / lavradio / cultivado / úmido.
25.Observe o trecho do texto 1: “O referido Plano Diretor foi fruto do trabalho de pesquisas e estudos do Servidor Público Municipal Efetivo da Prefeitura, o Assistente Administrativo, Sr. Bruno de Castro Soares”. A opção de reescritura que manteria a correção gramatical e o sentido original é:
A O referido Plano Diretor, foi fruto do trabalho de pesquisas e estudos, do Servidor Público Municipal Efetivo da Prefeitura, o Sr. Bruno de Castro Soares, Assistente Administrativo.
B O referido Plano Diretor foi fruto do trabalho de pesquisas e estudos do Servidor Público Municipal Efetivo da Prefeitura, o Sr. Bruno de Castro Soares, Assistente Administrativo.
C O referido, Plano Diretor, foi fruto: do trabalho de pesquisas e estudos do Servidor Público Municipal Efetivo da Prefeitura (o Assistente Administrativo), Sr. Bruno de Castro Soares.
D O referido Plano Diretor foi, fruto do trabalho de pesquisas e estudos do Servidor Público Municipal Efetivo da Prefeitura, o Assistente Administrativo, Sr. Bruno de Castro Soares.
CACHORROS ESPERAM POR DONO INTERNADO
NA PORTA DE HOSPITAL EM SC
(https://ndmais.com.br/opiniao/charges, 11.05.2021)
26.Supondo que o título da charge seja reescrito, a opção mais adequada está em:
A Cachorros esperam por dono que está internado dentro de hospital em SC.
B Dono está internado na porta de hospital em SC onde seus cachorros o esperam.
C Cachorros esperam em SC pelo dono que está internado na porta do hospital.
D Na porta de hospital em SC, cachorros esperam por dono que está internado.
27.“…esses tokens não podem ser duplicados ou falsificados, portanto, nossa compra pode ser garantida no que diz respeito ao original”. Assinale a opção que apresenta um período formado por orações que são interligadas por conectivo que desempenha a mesma função do “portanto”.
A Na guerra nenhum país vence, pois todos perdem parte da sua humanidade interior.
B Cada momento da vida é importante, sendo assim, não podemos desperdiçar nenhum minuto sequer.
C Esse quadro possui um significado único, ou seja, tem algo especial que o torna diferente dos demais.
D A solidariedade precisa fazer parte do nosso cotidiano, a fim de que o respeito humano sempre prevaleça.
28.A palavra grifada é uma conjunção integrante em:
A “…e tudo indica que pode se transformar em uma tragédia humana…” (linhas 13-15).
B “No Brasil existem aproximadamente 114 grupos indígenas que desconhecem o jogo político em Brasília…” (linhas 32-34).
C “O projeto, que autoriza as possibilidades de contato com as aldeias dos rincões amazônicos, abre as portas para o ‘genocídio’ indígena” (linhas 42-45).
D “…atendendo aos interesses de grupos econômicos, nacionais e internacionais, e forças poderosas que atuam indiretamente através de representantes eleitos no Legislativo ou no Executivo” (linhas 99-104).
Responder
29.Na frase – O governo chinês prepara um arcabouço legal para boicotar “artistas que transgrediram a moralidade social”. –, o termo e a oração destacados estabelecem, correta e respectivamente, relações de sentido de
A finalidade e restrição.
B direção e explicação.
C finalidade e conclusão.
D comparação e adição.
A loteria genética
___O morticínio e as iniquidades provocados por ideias supostamente científicas sobre genes e raças são conhecidos. Em boa medida por causa desse histórico sombrio, parte da sociedade passou as últimas décadas ignorando, quando não combatendo, pesquisas no campo da genética humana, particularmente da genética comportamental. Não é uma estratégia particularmente brilhante. Um dos maus hábitos da realidade é que ela não vai embora só porque você não gosta dos resultados que ela produz.
___Esse panorama começou a mudar nos últimos anos, com a publicação de livros escritos por cientistas com agenda abertamente progressista que mostram que os genes são relevantes para o comportamento humano. “The Genetic Lottery”, de Kathryn Paige Harden, é uma dessas obras. Seu maior mérito é apresentar e desmitificar o problema. Genes importam não só no âmbito individual mas também para os grandes desafios sociais, como a igualdade. O peso da genética no desempenho escolar de uma criança é igual ao da renda dos pais, ou seja, bem forte. E o desempenho escolar, vale lembrar, é uma variável-chave na definição da renda, felicidade e até do número de anos que a pessoa vai viver.
___Harden faz um apanhado bem didático dos tipos de pesquisa genética que existem, as diferenças entre eles e como interpretá-los. Embora o senso comum pense os genes como determinantes, seu efeito sobre a maioria das características que nos interessam é muito mais probabilístico. Bons genes no ambiente errado não fazem milagres. E um ambiente propício pode fazer com que mesmo alguém que não tenha sido favorecido pela loteria genética se saia bem.
___Uma boa analogia é com a miopia. Ela é 100% genética, mas depende de certas condições ambientais para manifestar-se. Mais importante, mesmo quando ela dá as caras, a sociedade tem uma solução não genética 100% eficaz: óculos.
(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2021/12/a-loteria-genetica.shtml.18.12.2021. Adaptado)
30.Considerando a relação com sentido de oposição que a frase que inicia o 2o parágrafo estabelece com as informações do parágrafo anterior, essa relação de sentido permanece corretamente preservada com a inserção da conjunção destacada em:
A Como esse panorama começou a mudar nos últimos anos, com a publicação de livros…
B Porque esse panorama começou a mudar nos últimos anos, com a publicação de livros…
C Enquanto esse panorama começou a mudar nos últimos anos, com a publicação de livros…
D Se esse panorama começou a mudar nos últimos anos, com a publicação de livros…
E Todavia esse panorama começou a mudar nos últimos anos, com a publicação de livros…
Emprego de tempos e modos verbais; emprego e colocação de pronomes
Complete as frases com o verbo colocado entre parênteses.
- Sempre……………………………… (haver) amores verdadeiros.
- Nunca…………………………….. (existir) verdades sobre o amor
- Quinze toneladas de amor próprio…………………………….. (ser) suficiente para a felicidade.
- …………………………….. (dever) fazer três anos que reflito sobre minha existência.
- Fui eu que…………………………….. (prometer) amor incondicional.
31)Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.
A houve • existiram • é • deve • prometi
B houve • existirão • são • devem • prometi
C houve • existiram • é • devem • prometeu
D houveram • existiram • é • devem • prometeu
Ano: 2019
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – Prefeitura de Carneirinho – Técnico em Enfermagem – 2019
32)Em: “O problema de tal confissão é que ela me obrigaria a dar um segundo passo.”, obrigaria está flexionado no
A futuro do presente do indicativo.
B futuro do pretérito do indicativo.
C pretérito imperfeito do indicativo.
D pretérito perfeito do indicativo.
Ano: 2019
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – CRP 4 – Psicólogo Fiscal – 2019
33)Em: “[…] depende de recursos, para que a grande engrenagem enferrujada volte a funcionar, e o tempo seja de mais alegria e mais aconchego de uns com os outros.”, o verbo destacado está flexionado no
A presente do indicativo.
B presente do subjuntivo.
C futuro do subjuntivo.
D pretérito imperfeito do subjuntivo.
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – Câmara de Pará de Minas – Auxiliar de Administração – 2018
34)Os verbos destacados estão flexionados no pretérito imperfeito do indicativo, EXCETO em:
A “[…] os voluntários haviam adquirido um novo vício: o de navegar na web.”
B “A maioria dos participantes tinha dificuldade de parar de verificar suas redes sociais […].”
C “Inesperadamente, álcool e cigarro não estavam no topo da lista […].”
D “Pesquisadores deram smartphones para 205 adultos […].”
“Apesar de ser algo incrível, ela também pode trazer consequências sérias e permanentes a nossa saúde”.
35)Marque a opção correta cuja frase encontra-se no futuro do pretérito do indicativo.
A Apesar de ser algo incrível, ela também podia trazer consequências sérias e permanentes a nossa saúde.
B Apesar de ter sido algo incrível, ela também pôde trazer consequências sérias e permanentes a nossa saúde.
C Apesar que podia ter sido algo incrível, ela também podia trazer consequências sérias e permanentes a nossa saúde.
D Apesar de ser algo incrível, ela também poderia trazer consequências sérias e permanentes a nossa saúde.
Analise as assertivas a seguir acerca da palavra “descobrira” :
I. Trata-se de verbo pertencente à primeira conjugação, posto tratar-se de verbo cuja vogal temática é a letra “a”.
II. O verbo está conjugado na primeira pessoa do singular do pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
III. Esse mesmo verbo, conjugado no futuro do pretérito, seria “descobriria”.-
36)Quais estão corretas?
A Apenas I.
B Apenas III.
C Apenas I e II.
D Apenas II e III.
37)A frase contida no segundo parágrafo ─ É uma ideia que nos ajuda a pensar sobre a ausência. ─ tem os dois verbos destacados no tempo presente. Passando os dois para o tempo futuro, tem-se:
A Foi uma ideia que nos ajudou a pensar sobre a ausência.
B Será uma ideia que nos ajudará a pensar sobre a ausência.
C Era uma ideia que nos ajudava a pensar sobre a ausência.
D Foi uma ideia que nos ajudará a pensar sobre a ausência.
As locuções verbais em destaque nas sentenças abaixo elencadas exibem diferentes verbos auxiliares, que ajudam na compreensão do modo como os estados, processos ou ações se desenvolvem no tempo. Considerando o tipo de verbo auxiliar presente nessas construções, estabeleça a associação com o sentido que ele denota com mais precisão.
- Se quisermos que a economia continue funcionando, não podemos mais esbanjar.
- Esses danos não se restringem apenas ao aquecimento global, que passou a ser chamado de mudança climática.
- Como não podemos reverter a economia do petróleo no curto prazo, a única solução está sendo desacelerar a economia.
- O globalismo ocidental está refluindo e, como consequência, voltam a surgir os nacionalismos exacerbados.
( ) Mudança de ação.
( ) Permanência de ação.
( ) Repetição de ação.
( ) Desenvolvimento gradual da ação.
38)A sequência CORRETA de associação é:
A 1, 2, 3 e 4.
B 2, 1, 4 e 3.
C 4, 1, 2 e 3.
D 3, 4, 1 e 2.
39) Analise os versos a seguir — extraídos do texto II — e assinale a alternativa correta acerca da colocação do pronome oblíquo átono “se” de acordo com a norma culta:
E não se pode deixar
A criança trabalhar
Tirando o tempo de estudar
A a colocação encontra-se incorreta, uma vez que os verbos se encontram no primeiro verso e, na língua culta, não se inicia frase com o pronome oblíquo.
B por se tratar de uma locução verbal, cujo verbo principal está no infinitivo, os autores do cordel poderiam colocar o pronome oblíquo antes, no meio ou depois da locução em questão.
C a colocação do pronome oblíquo tônico na posição proclítica está correta, pois palavras de sentido negativo fazem com que essas partículas devam ser colocadas antes das locuções verbais.
D o pronome deveria ser colocado na posição mesoclítica, que é a mais indicada por atender melhor ao desejado pela linguagem formal.
40)Assinale a alternativa em que os verbos em destaque NÃO formam uma locução verbal.
A “É o que tenho observado em muitas pessoas […]”.
B “[…] não devemos confundir nossos sonhos com fantasias”.
C “Pode ser mais ou menos ambicioso […]”.
D “Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos […]”.
Ano: 2019
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – Prefeitura de Carneirinho – Técnico em Enfermagem – 2019
41)Os termos destacados estão incorretamente substituídos pelos pronomes oblíquos entre parênteses:
A “[…] e embora eu entenda que você queira regar todos os objetos à sua volta[…]”. (regá-los)
B “[…] então abraça esse coelhinho e vamos dormir bem gostoso até amanhã, tá?” (abraça-o)
C “Muito do que ensinamos a vocês é isso: hipocrisia.” (ensinamos-lhes)
D “Quando a gente fala que tem que emprestar as coisas pros outros, por exemplo”. (emprestar-lhes)
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – CEMIG – Advogado Júnior – 2018
42)Atente para o emprego dos pronomes pessoais oblíquos e a análise apresentada, na sequência. Assinale a opção que traz afirmação INCORRETA:
A Enquanto nos deleitamos com essa esquizofrenia consumista, nós não enxergaremos ela e não a combateremos. Emprego correto: ambos os pronomes pessoais complementam verbos transitivos – “enxergar” e “combater”, respectivamente.
B Para mim, falar sobre pós-modernidade é difícil. Para eu discutir esse tema, terei de ler muito sobre ele. Empregos corretos: pronome pessoal oblíquo funciona como complemento; o pronome reto, como sujeito.
C A ciência prometia dar segurança ao homem, mas lhe deu mais desgraças e não lhe tranquilizou a existência. Empregos corretos: o pronome oblíquo “lhe” funciona como complemento verbal, na primeira ocorrência, e como adjunto adnominal, na segunda.
D A argumentação do professor Sanches nos faz sair da zona de conforto do individualismo e nos deixa refletir sobre a existência. Emprego correto: pronome oblíquo “nos” funciona como sujeito dos verbos “sair” e “refletir”, após os causativos “fazer” e “deixar”.
Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda. Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.
43)Com relação aos pronomes presentes no excerto, é INCORRETO afirmar:
A “Você” é um pronome pessoal de tratamento, que remete ao interlocutor (leitor da crônica), ou a um “você” genérico, indeterminado.
B O emprego do pronome “esta”, demonstrativo, está adequado, pois retoma, anaforicamente, item do segmento anterior.
C O oblíquo “nos”, de primeira pessoa do plural, engloba autor e leitores, numa estratégia argumentativa que visa à adesão, à identificação.
D O pronome “tantas”, indefinido, antepõe-se ao objeto – enfermidades e enfermos –, porém concorda em gênero e número com o núcleo mais próximo.
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – CEMIG – Advogado Júnior – 2018
44) Com relação ao emprego dos pronomes destacados, nos contextos em que se encontram, assinale a afirmativa INCORRETA:
A “… (esquecer-se das desilusões) nas “estações orbitais” dos shoppings, ou templos das compras, onde os bens nos consomem e a produção, sempre crescente, implica a criação em massa (ou em série) de novos consumidores” pronome relativo com semântica de “lugar em que”; pode ser substituído por “em que” ou “nos quais”.
B “Eu falaria, metaforicamente, do homem moderno acorrentado (o Prometeu) ao consumo desenfreado de coisas (res) para compensar suas frustrações e angústias.” pronome possessivo “suas”; tem como referente o substantivo plural “coisas”.
C “Foi nos anos 60 que surgiu o que se chama de “pós-modernidade”, na abalizada opinião de Frederic Jameson..” pronome relativo “que”; tem como antecedente o demonstrativo “o” equivalente a “aquilo”.
D “Restou-nos o refúgio nos grandes espetáculos, como os do Coliseu antigo: o pão e o circo, para preencher o vazio da vida.” pronome pessoal oblíquo; uso da 1ª pessoa do plural (“nós) funciona como estratégia que visa adesão à argumentação.
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – SEE MG
Direito à fantasia
Frei Betto 05/08/2017 – 06h00
A fantasia é a matéria-prima da realidade. Tudo que é real, do computador ao jornal no qual você lê este texto, nasceu da fantasia de quem criou o artigo, concebeu o computador e editou a publicação.
A cadeira na qual me sento teve seu desenho concebido previamente na mente de quem a criou. Daí a força da ficção. Ela molda a realidade.
A infância é, por excelência, a idade da fantasia. A puberdade, o choque de realidade. Privar uma criança de sonhos é forçá-la a, precocemente, antecipar seu ingresso na idade adulta. E esse débito exige compensação. O risco é ele ser pago com as drogas, a via química ao universo onírico.
As novas tecnologias tendem a coibir a fantasia em crianças que preferem a companhia do celular à dos amigos. O celular isola; a amizade entrosa. O celular estabelece uma relação monológica com o real; a amizade, dialógica. O risco é a tecnologia, tão rica em atrativos, “roubar” da criança o direito de sonhar.
Agora, sonham por ela o filme, o desenho animado, os joguinhos, as imagens. A criança se torna mera espectadora da fantasia que lhe é oferecida nas redes sociais, sem que ela crie ou interaja. Na infância, eu escutava histórias contadas por meus pais, de dona Baratinha à Branca de Neve e os sete anões. Eu interferia nos enredos, com liberdade para recriá-los. Isso fez de mim, por toda a vida, um contador de histórias, reais e fictícias.
Hoje, a indústria do entretenimento sonha pelas crianças. Não para diverti-las ou ativar nelas o potencial onírico, e sim para transformá-las em consumistas precoces. Porque toda a programação está ancorada na publicidade voltada ao segmento mais vulnerável do público consumidor.
Embora a criança não disponha de dinheiro, ela tem o poder de seduzir os adultos que compram para agradá-la ou se livrar de tanta insistência. E ela não tem idade para discernir ou valorar os produtos, nem distinguir entre o necessário e o supérfluo.
Fui criança logo após a Segunda Grande Guerra. O cinema e as revistas em quadrinhos, em geral originados nos EUA, exaltavam os feitos bélicos, do faroeste aos combates aéreos. No quintal de casa eu e meus amigos brincávamos de bandido e mocinho. Nossos cavalos eram cabos de vassoura.
Um dia, o Celsinho ganhou do pai um cavalinho de madeira apoiado em uma tábua com quatro rodinhas. Ficamos todos fascinados diante daquela maravilha adquirida em uma loja de brinquedos.
Durou pouco. Dois ou três dias depois voltamos aos nossos cabos de vassoura. Por quê? A resposta agora me parece óbvia: o cabo de vassoura “dialogava” com a nossa imaginação. Assim como o trapo que o bebê não larga nem na hora de dormir.
O direito à fantasia deveria constar da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Disponível em: http://hojeemdia.com.br/opini%C3%A3o/colunas/frei-betto-1.334186/direito-%C3%A0-fantasia-1.550900. Adaptado. Acesso em: 18 jan. 2018.
Sobre o uso de pronomes (em suas variadas possibilidades de classificação e emprego), seguem-se três excertos do texto e considerações sobre o tópico. Avalie cada assertiva atentamente e anteponha-lhe V (verdadeiro) ou F (falso):
Excerto 1:
A cadeira na qual me sento teve seu desenho concebido previamente na mente de quem a criou. Daí a força da ficção. Ela molda a realidade.
( ) A retomada pelo relativo “na qual” está adequada, visto que o verbo “sentar” exige “em” e o gênero do antecedente é feminino e singular.
( ) A referência do pronome possessivo de 3ª pessoa, potencialmente provocador de ambiguidade, só é percebida no contexto: equivale a “da cadeira”.
Excerto 2:
Eu interferia nos enredos, com liberdade para recriá-los. Isso fez de mim, por toda a vida, um contador de histórias, reais e fictícias.
( ) O pronome oblíquo “-los” retoma o termo “nos enredos” de forma apropriada.
( ) O pronome demonstrativo “isso”, dêitico com função de sujeito, retoma o constituinte “liberdade”.
Excerto 3:
A criança se torna mera espectadora da fantasia que lhe é oferecida nas redes sociais, sem que ela crie ou interaja.
( ) O pronome relativo “que” substitui o antecedente “a fantasia”; poderia ser substituído por “a qual”.
( ) O pronome oblíquo “lhe” substitui o complemento preposicionado “à espectadora”.
45)O(s) excerto(s) sobre o(s) qual(-ais) ambas as assertivas estão corretas é (são) apenas:
A 1.
B 2.
C 3.
D 1 e 2.
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – Câmara de Pará de Minas – Analista de Compras – 2018
Com relação ao uso do item lexical “se”, atente para as explicações (1ª coluna) e os fragmentos (2ª coluna), em que se destacaram as ocorrências a serem analisadas:
46)A ordem CORRETA da segunda coluna, de cima para baixo, é:
A IV – III – I – II
B III – II – IV – I
C II – IV – I – III
D I – II – III – IV
Ano: 2018
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – CEMIG – Advogado Júnior – 2018
47)Com relação ao emprego dos pronomes destacados, assinale a afirmativa INCORRETA:
A O emprego do demonstrativo “neste” está inadequado; o autor deveria ter utilizado o pronome “nesse”.
B O emprego do pronome relativo “onde” desvia-se da norma prescrita, visto que não retoma constituinte que indica espaço físico.
C O pronome pessoal oblíquo “nos” poderia ser substituído pela forma tônica “a nós”.
D O pronome pessoal oblíquo átono “-lo” retoma, adequadamente, o substantivo “país”, dito na frase anterior.
Ano: 2017
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – Câmara de Santa Luzia – Assistente Jurídico – 2017
48)A posição do pronome oblíquo é facultativa em:
A “Alguém me puxa”.
B “Já proprietária de mim, afasta-me uns metros para uma posição melhor”.
C “Quando as vejo, compartilho aqueles momentos bons, específicos”.
D “Se quiser comer uma fatia de seu próprio bolo em paz, terá de se trancar num armário”.
Ano: 2017
Banca: Fundação Mariana Resende Costa – FUMARC
Prova: FUMARC – CEMIG – Médico do Trabalho – 2017
Texto I
“AS PRACA”
Sírio Possenti
O título “agressivo” é proposital. As intenções são duas: provocar os que dizem que só se pode compreender um texto – ou mesmo uma palavra – escrito “corretamente”; se algum desses sábios consegue ler “as placas” em “as praca” – os melhores sintomas são o riso de superioridade ou a correção que fará – sua tese será desmentida no ato. Também quero verificar se, de fato, alguém não consegue ler este título (eventualmente, tentará descobrir alguma ironia ou, ao menos, uma alusão ou sugestão, que o texto esclarecerá). Assim, eu poderia gritar “ignorante!”, se alguém não consegue mesmo entender o sentido do título.
Deveria ser claro que “as praca” é outra maneira de dizer (ou de transcrever) “as placas”. Uma maneira marcada socialmente, claro. As diferenças são duas variantes regulares (importante!), cujos percentuais de ocorrência podem ser medidos em uma pesquisa, se o cidadão tiver interesse e fundos e tempo e competência: uma é o apagamento do “s” no final do sintagma, como em as casa, as vaca, os cara, os penetra, as carne; insisto: o “s” só cai no final do sintagma; outra é o famoso rotacismo, r no lugar do l, na posição interna da sílaba (como em framengo, frecha e frauta) – também ocorre no final, como em carça, varsa etc.
Claro que o leitor pode achar que o texto queria se chamar as praças, e que faltaram um s e uma cedilha. Ainda assim, são duas diferenças. Quem descobre duas pode descobrir outras tantas. Mas quero mesmo falar de placas. Ultimamente, elas se tornaram objeto de coleção e de diversão. Pessoas fotografam placas Brasil afora, montam Power Points e os remetem a seus amigos, que os reenviam a seus outros amigos etc. Assim, fica-se sabendo que, em algum lugar do Brasil, alguém tem uma churrascaria e anuncia, com alguma pretensão à modernidade, barbie kill. Um pequeno comerciante de beira de estrada anuncia que vende inelgético, alguém avisa que adiante há um desvil etc. Vê-se de quase tudo em sítios como placas do meu Brasil e similares.
Trata-se de escrita popular. São escritas de pessoas pouco letradas. No caso, pequenos anúncios ou avisos. Em muitos casos, há erros, dos quais muitos riem. Um riso de deboche, em geral, um riso meio grosso, meio besta, o mais reles que a humanidade consegue produzir. Prazer que deriva de achar que “não sou como eles”. Não estou pedindo que se pare de rir (não sei se alguém precisa de proteção). Estou sugerindo que o riso pode ser mais sofisticado. Basta entender de que tipo de erro se trata. Quem quer escrever “desvio” e escreve desvil está diante de uma palavra de cinco letras, das quais erra uma, só uma. Poderia ter escrito disvil, errando duas, ou desviu ou disviu, errando de maneiras diferentes. Crianças poderiam escrever tisviu ou tisfiu e variantes (ver, de novo, o famoso texto de Mattoso Câmara sobre erros de escolares, e a sofisticada explicação para a troca entre surdas e sonoras, que ele reclassifica).
Seria bom, se queremos conhecer o português pelos indícios que os erros de escrita oferecem, dar-nos conta de que a pronúncia de vil e de viu é exatamente a mesma para a maioria dos brasileiros, e que a mesma pronúncia se repete em vio, se esta for a sílaba final de uma palavra. O riso deixaria de ser uma gargalhada, talvez até se transformasse em sorriso de admiração. É que, se, obviamente, há um erro, já que a grafia obedece a decretos ou portarias, há uma sutil análise, revelando um talento de observador, embora equivocado no detalhe.
Para escrever barbecue, palavra estrangeira que deveria conferir algum charme extra à lanchonete ou churrascaria, o autor da placa busca conhecimentos da cultura americana que circulam por aí: quem não conhece a Barbie? A escrita da primeira parte da palavra (que, para ele, é uma) deve ser a mesma (ele é um bom observador!). Para o restante da sequência, cue, que soa como kil ou kiu, uma boa solução de escrita lhe pareceu ser kill, palavra que talvez conheça de algum filme americano. Errado, mas engenhoso!
Em inelgético, ocorre erro na grafia da primeira vogal, uma hipercorreção: muitos EEs são pronunciados como IIs, e, por isso, são grafados com i; o l da segunda silaba é uma óbvia hipercorreção, como em solvete. Sendo os RRs estigmatizados, tende-se a eliminá-los, substituindo-os pela letra que parece correta (como no caso Gleisi, comentado há duas semanas).
Essas “praca” são verdadeira mina para pesquisadores. Quem só vê nelas o fim do mundo (e da língua) é muito besta.
Ditado
O JN (27/06) informou que candidatos a emprego se ferram em provas de português. Mostrou um exemplo de prova: um ditado com 30 palavras – relativamente incomuns ou “bem” escolhidas, coisas como “obsessiva, exequível” etc., boas para errar. Não havia nenhuma do tipo “comida, nada, batata, cheiro, rancho” ou mesmo “almoxarifado, caixa, faturamento, faxina”. Tarados!
Escolhendo bem, pode-se reprovar qualquer profissional da escrita em ditados de 30 palavras. A prova confunde grafia com escrita e escrita de palavras soltas com domínio de língua escrita. Sem querer defender os candidatos reprovados, preciso dizer que a prova é estúpida.
O mais interessante foi ouvir a declaração da responsável (chefe de pessoal?) de uma empresa: “Tem uma vaga que a gente tá com ela aberta há mais de quatro meses”. Com base em qualquer critério análogo ao do ditado, ela seria demitida. Ou nunca teria sido contratada. O que, provavelmente, teria sido um erro da empresa.
(QUINTA, 30 DE JUNHO DE 2011. Disponível em: terramagazine.terra.com.br/ultimas/0,,EI8425-SUM,00.html. Acesso em: 15/11/11)
Leia o fragmento destacado:
“Deveria ser claro que “as praca” é outra maneira de dizer (ou de transcrever) “as placas”. Uma maneira marcada socialmente, claro. As diferenças são duas variantes regulares (importante!), cujos percentuais de ocorrência podem ser medidos em uma pesquisa, se o cidadão tiver interesse e fundos e tempo e competência […]”
Sobre esse fragmento, analise as afirmativas a seguir:
I. A repetição da conjunção “e”, aditiva, em vez de vírgulas, constitui um erro a ser evitado em texto escrito formal.
II. A repetição da conjunção “e”, numa figura denominada polissíndeto, constrói um efeito de reiteração.
III. O pronome relativo “cujos” concorda com “percentuais” e equivale à preposição “de”.
IV. O pronome relativo “cujos” indica posse e pode ser substituído pelo pronome “que”.
49)Estão CORRETAS as afirmações:
A I e III.
B I e IV.
C II e III.
D II e IV.
GABARITO
1 D
2 A
3 B
4 A
5 D
6 C
7 C
8 D
9 C
10 C
11 B
12 D
13 B
14 A
15 C
16 C
17 B
18 C
19 D
20 C
21 C
22 A
23 D
24 B
25 B
26 D
27 B
28 A
29 A
30 E
31 A
32 B
33 B
34 D
35 D
36 D
37 B
38 B
39 B
40 D
41 D
42 A
43 B
44 B
45 A
46 B
47 A
48 D
49 C